quarta-feira, 1 de abril de 2009

“Rocky Horror Picture Show”, você tem que assistir, nem que seja só pra dizer que não gostou.

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“Rocky Horror
Picture Show”
é uma
comédia
musical
escrachada
que
satiriza
filmes
de
terror,
suspense
e
ficção
científica,
partindo
da
irônica
concepção
de
que
um
cientista
que
tenta
criar
um
homem
em
laboratório,
o
faz
por
desejo
sexual.
Será
que
passou
isso
pela
cabeça
de
Mary
Shelley
quando
ela
criou
o
super-
clássico
literário
“O Monstro de
Frankstein”,
e o
médico-
cientista
que
criou
o
monstro
na
verdade
não
passava
de
um
gay
trancado
no
armário?
Provavelmente
essa
não
foi
a
intenção
da
autora,
mas
nunca
se
sabe,
e
até
que
do
ponto
de
vista
psicológico
essa
idéia
é
muito
coerente
e,
observando
sob
esse
prisma,
faz
sentido
que
o
Dr. Frankstein
fosse
mesmo
um
homossexual
enrustido.
o
cientista
de
“Rocky Horror
Picture Show”
não
é
nada
enrustido,
muito
pelo
contrário,
é
tão
escrachado
que
ultrapassa
os
limites
da
moralidade.
O
filme
foi
lançado
em
1975,
inicialmente
na
Inglaterra,
onde
ficou
em
cartaz
por
4
anos
seguidos.
Na
Europa
e
nos
EUA
se
tornou
um
verdadeiro
cult,
com
uma
legião
de
fãs
que
sai
em
caravanas
e
excursões
para
os
locais
onde
até
hoje
a
fita
é
reprisada
vez
por
outra.
Esses
fãs
em
geral
se
caracterizam
como
as
personagens
do
filme,
formando
uma
verdadeira
“tribo”,
promovem
festas
e
eventos
e
se
organizam
em
"sociedades”,
grupos
e
fãs-
clubes,
uma
verdadeira
febre
mais
de
30
anos
e ainda
angariando
novos
fãs
até
hoje.
Mas
aqui
no Brasil
o filme
só foi
exibido
no início
dos anos 80,
não caiu
muito
na graça
do público
e não
conseguiu
fazer sucesso.
Quem assiste
só tem
duas reações
possíveis:
ou adora,
ou odeia,
não existe
meio termo.
As canções
são legais,
com letras
engraçadas
e melodias
bonitinhas,
meio
no estilo
anos sessenta,
a história
se propõe
ao escracho,
então
não é
mesmo
para esperar
uma
obra-prima
de roteiro,
mas sim
muita ironia
e sagacidade.
É o filme
ridículo
mais legal
que eu
já assisti
e consegue
realizar
a contento
sua proposta:
ser divertido
e de fato
rídiculo.
Quem é gay
não pode
deixar
de assistir,
é filmografia
obrigatória,
ainda
que seja
para odiar
e falar
mal
depois.
Brad
(Barry bostwick)
e Jannet
(Susan Sarandon)
são
um jovem
casal
de noivos,
os típicos
bom rapaz
e moça virgem,
que se veêm
obrigados,
em virtude
de um
problema
com o
carro
numa noite
escura
e tempestuosa,
a baterem
na porta
de um
estranho
castelo
para pedir
auxílio.
O que
eles
não sabem
é que
essa
esdrúxula habitação
é o
lar
de alienígenas
do planeta
Transexual.
Seu anfitrião,
dono do
castelo,
é o Dr.
Frank-N-Furter
(Tim Curry),
uma versão
transexuada
de Frankstein
(o médico,
não o
monstro,
sua criação).
Furter
é um
cientista
louco,
bissexual
e travesti,
que exatamente
nesta noite
pretende
trazer a
vida
o homem
perfeito,
com o
mero
objetivo
de realizar
suas fantasias
e torná-lo
seu escravo
sexual.
A criatura
recebe o
nome
de Rocky,
é a
cara
do
“Flash Gordon”
e passa
o filme
inteiro
com uma
sunguinha
prateada.
Rocky é
interpretado
pelo
modelo
Peter Hinwood,
que se
não chega
a ser
o homem
mais lindo
do mundo,
também
não é
de se
jogar
fora:
um belo
peitoral,
pena que
lisinho,
e um par
de biceps
de virar
a cabeça,
uma barriguinha
de tanque
pra lavadeira
nenhuma botar
defeito,
rosto
razoavelmente
belo,
mas achei
ele meio
sequinho
de bunda
e coxas.
Pra mim
ainda faltam
alguns predicativos
para ser
o homem
perfeito,
mas também
se cai
na minha
rede
não jogo
de volta
ao mar,
vale a pena.
Ao longo
da noite
Brad
e Jannet
passam
por exóticas
e inesperadas
experiências,
o Dr. Furter,
na verdade
um depravado
cujo único
interesse
é a própria
satisfação sexual,
seduz
a ambos,
revelando
a eles
prazeres
que nem
sequer
ousavam
sonhar,
conflituando
seus valores
morais
e escandalizando-os,
embora
no fundo,
agradando-os
também.

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