Dustin Lance Black, nascidonos Estados Unidos em 1974,
é roteirista, diretor e produtor
de cinema e televisão. Fora
de seu país não é muito
conhecido do grande público,
mas é um exemplo de
profissional bem sucedido. Homossexual assumido, é
ainda um grande ativista
dos direitos LGBT e muitos
de seus trabalhos exploram uma temática gay.
Já ganhou um Oscar de
melhor roteiro e dois
Writers Guild of América
Awards. Dustin Black
nasceu num lar mormom
em San Antonio, no Texas,
seu pai era missionário da
igreja mormom, mas quando
sua mãe casou-se pela segunda
vez mudou-se para Salinas,
na Califórnia. Desde muito
cedo Lance percebeu que
tinha interesse por outros
meninos, com apenas seis
ou sete anos já se sentia
atraído por um menino de sua vizinhança, mas os
rígidos conceitos militares
e religiosos que foram a
base de sua criação
fizeram-no reprimir ainda
por alguns anos sua verdadeira
orientação sexual, com medo
de “ir para o inferno”. Essa
circunstância fez com que
ele se tornasse uma criança e um adolescente obscuro
e tímido, muito retraído e com tendências suicidas. Só
conseguiu liberar-se depois
que se formou na high school,
que corresponde ao II Grau
no Brasil. Foi durante esse
período escolar que começou
a envolver-se primeiramente
com o teatro. Depois cursou a Escola de Teatro, Cinema
e Televisão da Universidade
da California, em Los Angeles, formando-se em 1996.
Um de seus trabalhos mais
recentes como roteirista foi
em "Milk - A Voz da Igualdade",
produzido em 2008 e estrelado
por Sean Penn. O filme, que
conta a biografia do político
homossexual e ativista GLBT
Harvey Millk, é ganhador
de diversos prêmios, inclusive
o Oscar na categoria de
“melhor Roteiro” para Dustin
Lance Black, e figurou na
lista dos dez melhores filmes
de 2008 segundo a crítica americana especializada.
Não é de se admirar o sucesso
do filme, pois trata-se de
um projeto há muitos anos
acalentado por Dustin, que,
por razões próprias e pessoais,
deu ao roteiro um tratamento
mais que especial, o que
pode ser facilmente percebido segundo suas próprias
declarações:
“(...) Quando eu tinha 16
anos de idade minha mãe
mudou-se de um conservador
lar mormom no Texas para
a California, onde eu ouvi
falar pela primeira vez de
Harvey Milk e sua história
deu-me esperanças. Deu-me a esperança de
poder viver minha vida
abertamente e de ser o que
sou de fato, de que um dia
eu poderia me apaixonar
e quem sabe até mesmo me
casar
(...)
Eu quero agradecer a minha
mãe que sempre me amou
da maneira como sou mesmo quando houve pressão ao
contrário
(...)
Mas acima de tudo, se Harvey
já não nos tivesse precedido
há 30 anos atrás, estou certo
que ele hoje gostaria que
eu dissesse a todos os meninos
e meninas gays e lésbicas
a quem disseram que eles
são menos do que realmente
são, menosprezados pelas
igrejas, ou pelo governo,
ou por suas famílias, que
eles são lindos e maravilhosos
e que têm muito valor, e
que não importa o que
qualquer um possa ter lhesdito a esse respeito, Deus
os ama, e eu prometo que
muito em breve todos vocês
terão garantidos por esta
nossa grande nação direitos
iguais aos de qualquer outro
cidadão
(...)
E obrigado, muito obrigado
a Deus por nos ter mandado
Harvey Milk.”
Recentemente Dustin foi
mais uma das vítimas da
internet quando um blogueiro
teve acesso a fotos e um
vídeo dele praticando sexo
sem camisinha com outro
homem, publicando-os nanet. Esse material é de 3 anos
atrás e sabe-se que o outro
homem, embora anônimo,
era namorado de Dustin
na época. As fotos foram
retiradas da agência Starzlife
que, ao perceber a especulação diante do fato, passou a tornar
o acesso exclusivo e vender
o material. Muito dignamente
Dustin negou-se a revelar
a identidade de seu parceiro
e manifestou-se sobre o
assunto declarando que
“é muito triste pessoas
querendo lucrar em cima
de algo que é claramente
privado
(...) Mais importante do que o constrangimento causado
pelas fotos, é a mensagem
enganosa que elas passam.
Desculpo-me mais uma vez
e saliento a importância do
sexo com proteção".
Consegui ver algumas dessas
fotos, bem explícitas realmente, mas não quis salvá-las e
poupo-me, por respeito a individualidade alheia, de
publicá-las aqui. Uma coisa
são imagens que circulam
livremente pela net de modelos
e atores que quiseram ou
ganharam para tirar essas
fotos e vê-las publicadas.
Um flagrante fosco e borrado
de uma personalidade de
vez em quando pega de
surpresa ainda passa, é
uma fantasia saudável e
não tão desrespeitosa assim,
é o preço que se paga pelo
sucesso. Montagens também
não sou contra e até gosto, também são só uma fantasia,
eu até me sentiria lisonjeado
se alguém fantasiasse assim
comigo, mas para tudo tem
de haver um limite, e publicar
fotos assim de cunho tão
pessoais sem a expressa
autorização das pessoas nelas retratadas, com certeza
extrapola esses limites.
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