

Encontramos a pederastia, que para os gregos era o amor de um homem (geralmente com idade acima de trinta anos) por um adolescente (entre os quatorze e dezesseis anos). A relação sexual entre pessoas adultas do mesmo sexo não era comum e, quando ocorria, era reprovada,
principalmente entre dois homens, pois havia a preocupação com a questão da passividade. Um homem não podia ter complacências passivas com outro homem, muito menos se este fosse um escravo ou de classe inferior.
principalmente entre dois homens, pois havia a preocupação com a questão da passividade. Um homem não podia ter complacências passivas com outro homem, muito menos se este fosse um escravo ou de classe inferior.



Havia toda uma ritualização envolvendo a aproximação do homem que estivesse interessado por um adolescente.
A “corte” era necessária para que a relação tivesse o caráter de bela e moralmente aceita. Os papéis nesse caso eram bem definidos, o homem (erastes) fazia a corte e o adolescente (erômeno) era o cortejado, podendo deixar-se conquistar ou não.

O homem, ao cortejar, presenteava, prestava favores, ia ao ginásio ver o adolescente se exercitar (e geralmente se exercitava nu) e praticava com ele os exercícios físicos até a exaustão, uma vez que não possuía o mesmo vigor físico da juventude. O adolescente, por sua vez, deveria ser gentil e ao mesmo tempo por à prova o amor do pretendente. A conquista era incerta, pois caberia ao jovem a palavra final.
Quando deveria acabar a relação de pederastia? Tão logo aparecesse no adolescente os primeiros sinais de virilidade, a primeira barba, que por volta dos 17 ou 18 anos já era evidente. Permanecer nessa relação após o advento da virilidade era reprovável, principalmente para o homem, já que estaria se envolvendo com outro homem.

O que levava
os comandantes
do exército
a estimular
esse tipo de
relação era o
fato de
acreditarem que
um amante,
além de
lutar,
jamais

outro amante
no campo
de batalha.
O Batalhão
Sagrado de
Tebas,
famoso por
suas vitórias,
era
formado
totalmente
por
pares homossexuais.
A homossexualidade feminina também teve seu lugar na Grécia Antiga. E, embora a mulher não ocupasse lugar de destaque e, por isso, a escassez de registros, é da antigüidade grega que provém o termo lésbica, para indicar a mulher homossexual.
Lesbos é o nome da ilha onde viveu Safo, a famosa poetisa, que não escondia sua preferência sexual pelo mesmo sexo.

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Os filósofos Sócrates e Platão, e o legislador Sólon foram pederastas no sentido aqui explicitado.
Na Grécia Antiga, as relações entre homens, que hoje nomeamos de homossexualismo, eram quase sempre orientadas para finalidades específicas e ultrapassavam a simples busca do prazer sexual.
A pederastia visava a formação do jovem, tanto em Esparta quanto em Atenas. No exército espartano o amor entre soldados fortalecia o exército. Em nenhum dos dois casos estava excluída a relação com uma mulher, no presente ou no futuro. É com o advento do cristianismo que essas relações passam a ser vistas como pecaminosas.

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