quarta-feira, 8 de setembro de 2010

JACK THOMAS - MODELO DA ERA BEFFCAKE, EX CAMPEÃO DE FISIOCULTURISMO E MR. AMÉRICA DOS ANOS 40

Jack Thomas
foi um dos mais
populares modelos
da era beefcake.
Algumas de suas
fotos ao lado
de outro modelo,
Jack LaLanne,
atualmente com 95 anos de idade, são consideradas verdadeiramente ontológicas. Mas entre os dois Jacks, era Mr. Thomas, embora ambos
fossem belos
exemplares masculinos, quem mais arrebatava suspiros de homens e mulheres.Desde a adolescência, Jack já era um atleta altamente treinado. Desde tenra idade, mal chegou a puberdade,
Jack Thomas
começou
a praticar
halterofilismo,
fisioculturismo
e fitness,
e muito
cedo começou
a participar de

competições
nessas
modalidades,
chegando
a alcançar
o título
de Mr. América. Daí a tornar-se um modelo, já alguns anos mais tarde, em idade adulta, a distância foi extremamente curta.
A era beefcake,
que se inicia
em meados
dos anos 40,
talvez mesmo final
dos 30
quando já se acha
algumas fotos

nesse estilo,
até princípios
dos anos 60,
embora já com
característcas diferentes
e mais explícitas,
é marcada,
no que diz respeito
ao nu masculino,
por fotos sensuais
publicadas em revistas inicialmente voltadas ao público ligado
ao fisioculturismo.
A medida
que os editores
perceberam
que essas revistas
eram consumidas
principalmente
por pessoas
que nada
tinham haver
com esse mundo,
essas fotos
foram ficando
cada vez mais
sensuais e explícitas,
dedicadas na verdade a um discreto
público gay,
mas sem
jamais assumir
essa postura,
por causa
das leis
de censura
e da cultura
conservadora
e homofóbica
desta época,
e sempre mantendo
a “idéia”
do culto
ao corpo perfeito
e a saúde.
Eram comuns
artigos do tipo

“Tenha um
abdômen perfeito
e aumente
seu sexy appeal”.
Os homens,
principalmente
os pioneiros,
eram todos muito muscolosos, e as poses, mesmo quando nus ou semi-nús, eram sempre bastante atléticas e viris.
Devido a esse
aspecto
disfarçadamente
voltado
ao atletismo
e saúde,
essas revistas
não só eram
vendidas
em bancas
de jornais,
como também
eram comumente
encontradas
em livrarias
e farmácias,
mas na verdade
representavam
praticamente
a única opção

de consumo
artístico
para os gays
desse período,
que em geral,
nem se precisaria
comentar,
eram naturalmente
enrustidos.
Como na verdade essas edições não surgiram para este público,
a grande maioria
de seus modelos
na verdade
eram heterossexuais.
No caso de
Jack Thomas,
por exemplo,
não encontrei
nenhuma referência 
a uma possível
homossexualidade,
mas em verdade,
mesmo os que fossem,
dificilmente
isso viria a tona
nesse período. Jack LaLanne,
seu mais
ilustre
parceiro
fotográfico, era seguramente heterossexual, e acredita-se que Jack Thomas também o fosse. Apesar do verdadeiro objetivo dessas revistas, que era o de explorar o nú masculino, ainda que de forma enrustida
e de imagens
altamente
sensuais,
o nú desse
período ainda
era marcado
por uma certa
pureza,
ou pelo menos
por um grande
senso artístico,
com fotos
realmente belas
e pouco
apelativas,
onde homens,
independentemente
de sua orientação
sexual, celebravam sua masculinidade
e seus corpos
perfeitamente
modelados,
segundo,
claro,
a estética
da época
e dos padrões
do fisioculturismo,
para o deleite
e apreciação
de homens
(gays ou não)
e mulheres.
As imagens
dessa fase
na história
da fotografia
mostram
como é possível
o nu ser
realmente
belo
e de como
é possível
explorar
a sexualidade
sem um
caráter indecente e obsceno, mas de fato em toda a extensão
de sua beleza
e sensualidade.
Com o advento
da liberação
sexual dos
anos 60,
a era beffcake
chega ao fim,
dando lugar
a fotos
e imagens
cada vez
mais ousadas
e claramente
voltadas
ao público
gay,
algumas até
mostrando casais
de homens
em situações
de extrema
intimidade,
marcando assim
o fim de uma
época,
quando o belo era mais belo e até a libido era retratada de uma forma mais
artística
e sensual.

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